Nossa sociedade contemporânea incorpora um processo complexo e acelerado de democratização de capacidades para o acesso, publicação e compartilhamento de informação e conhecimento científico que explicitou-se na segunda metade do século 20, e mais acentuadamente a partir dos seus anos 60, com o surgimento e consolidação da Internet e a Web como meio universal, inovador e dominante de armazenamento de conteúdos, acesso e comunicação. Os paises em desenvolvimento incorporam-se neste processo portando barreiras que impedem, limitam e retardam a democratização do acesso e publicação no seu interior assim com a sua integração no fluxo global de informação, em grande parte devido às dificuldades e limitações que lhe são inerentes para a adoção das soluções que pressupõe condições e infraestruturas de mercado típicas de pais desenvolvido. A integração informacional plena dos paises em desenvolvimento requer soluções e modus operandi que habilitem infraestruturas que se sustentam e progressem com fundamentos e características próprias baseadas em tecnologias abertas, no trabalho cooperativo em rede, na produção e operação de fontes e fluxos de informação como bens públicos locais, nacionais, regionais e globais. Nesta apresentacão analisaremos alguns destes fundamentos, soluções e modus operandi que vem se consolidando na América Latina e Caribe com bons resultados nos contextos das redes da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Biblioteca Científica Eletrônica Online (SciELO), que se projetam como modelos inovadores de cooperação do sul para a integração informacional nos sistemas de pesquisa, educação e atenção à saúde.