A criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS) no ano de 2003, estabeleceu um novo marco no campo sanitário brasileiro para o apoio a pesquisas científicas, pois, dentre outras características, busca articular e estabelecer evidências científicas para a gestão e assistência do Sistema Único de Saúde Brasileiro. Em conseqüência, desde a criação da SCTIE, foram financiadas 2400 pesquisas a partir da assinatura do Termo de Cooperação e Assistência Técnica firmado entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Em 2004 a SCTIE estabeleceu a Política Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, fruto de amplo processo de discussão entre pesquisadores, gestores e profissionais de saúde e instâncias de controle social. A SCTIE tem como diretrizes centrais: fortalecimento do esforço nacional em ciência, tecnologia e inovação; construção e atualização periódica da agenda de prioridades d e pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde; criação de mecanismos para superar as desigualdades regionais; otimização da capacidade de regulação do Estado e criação de rede nacional de avaliação tecnológica; fortalecimento do sistema nacional de inovação em saúde e difusão dos avanços científicos e tecnológicos.
A diretriz de difusão dos avanços científicos e tecnológicos, objeto da presente comunicação, apresenta-se como um enorme desafio para os gestores de ciência e tecnologia em saúde, que devem desenvolver permanentemente estratégias criativas em busca da disseminação de resultados das pesquisas e de sua incorporação nos processos de tomada de decisão e na prática assistencial sanitária brasileira.